08 julho, 2011

No Name (Bad things happen)


São 3 da manha, acabei de chegar do hospital. Estou completamente em pânico. Esta manhã depois de uma noite um tanto ou quanto longa a pensar como iria resolver este assunto, como a faria acreditar que desta vez ia estar lá para ela e para sempre, quando a mãe da Naomi me ligou horrorizada “vem aqui Thomas, vem rápido, ela, ela…por favor apenas vem o mais rápido que puderes”. Fiquei bastante preocupado e logo vesti uns trapos muito a pressa e sai de casa a correr, entrei no meu carro e fui em direcção à sua casa numa velocidade um pouco exagerada. Quando cheguei a porta estava aberta, entrei e tudo parecia muito calmo, gritei os seus nomes e a mãe dela respondeu-me lá de cima. Subi o raio das escadas a correr e entrei pelo quarto a dentro. A Naomi estava caída no chão e em sua volta estava um pequeno rio de sangue que se sobrepunha nos azulejos, a dona Mariah estava sentada junto á secretaria a chorar em pânico, abanando-se sem parar. Eu como médico aproximei-me da Naomi, embora que tudo aquilo me causasse um grande aperto e lágrimas de medo quisessem transbordar o meu rosto o que importava agora era saber o estado dela, dei-lhe umas pancadinhas na cara e ela meio que abriu os olhos “por favor Naomi, estás a ouvir-me, tenta manter os olhos abertos amor” fui buscar toalhas a casa de banho e enrolei sobre aqueles pulsos a esvaírem-se em sangue pelas profundas mutilações. Comecei a ouvir o som das sirenes lá fora e peguei nela ao colo para leva-la para baixo, enquanto descíamos as escadas ela disse algo, com muito custo “és mes mo tu des cul pa A mo - te. As ambulâncias chegaram, expliquei o sucedido aos bombeiros, eles viram-na e levaram-na para o hospital. Eu voltei a entrar e subi. Havia outra pessoa que eu precisava de cuidar. Não quero imaginar como se estava e está a sentir a mãe dela neste momento, dois grandes meses de sofrimento e agora a sua única filha tentou suicidar-se, tudo por um homem, por mim. Levei-a ao hospital e estive lá até agora. Não vou conseguir aguentar isto se ela não permanecer aqui comigo, vou culpar-me para o resto da minha vida, desculpa-me meu amor. Eu posso não ser perfeito mas amo-a tanto, mas tanto que não vou suportar viver sem ela, sem aquele sorriso maravilhoso que só ela sabe ter. Preciso tomar um banho, mudar estas roupas, descansar um pouco para voltar para o hospital. Quero estar presente quando houver notícias sobre ela e como é óbvio quero e preciso de estar perto daquela mãe com o coração completamente destroçado.
&Lil

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