21 maio, 2011

Sonho ou pesadelo?

 um dos meus primeiros textos. que acham?

Esta dor no peito consome-me a cada dia que passa mais e mais. Vejo-me presa num mundo que não é o meu ao qual eu não pertenço sem perceber como aqui vim parar e dói como uma faca a penetrar o meu corpo por todas as partes só quero que acabe, que vá embora e desapareça para sempre pois já não tenho mais forças para lutar contra o abismo para que me está a levar. Tenho medo que este sofrimento não passe, tanto medo que chega a agravá-lo, estou de mãos e pés atados neste local frio onde tudo é sombrio e pesado, onde apenas a luz do luar é certa para mim. Pergunto-me porquê eu se todos os outros estão num local onde a felicidade predomina, porque tenho eu de ser diferente e viver nesta escuridão. Sinto o meu corpo a arder prestes a culminar no desespero da dor que me domina a mente e rasga o peito. Os meus batimentos cardíacos aumentaram, sinto o sangue num frenesim parecendo que as minhas veias puderam explodir a qualquer instante, ali deitada no chão sinto os espasmos intensos talvez de uma morte lenta, sim, acho que é isso o tão esperado dia em que este sofrimento vai acabar apenas nunca imaginara que fosse tão doloroso. Então quando julgava não aguentar mais, a dor foi-se, tentei recuperar o folgo e ai abri os olhos, algo tinha mudado, estava num local que embora frio era luminoso não parecia haver mais ninguém para alem de mim, o meu coração não batia mais, já não sentia o sangue a correr nas veias, tentei levantar-me mas não tinha forças os meus músculos estavam presos, não se queriam mover, estava a ficar assustada queria voltar a sentir o meu corpo vivo mas ele não respondia. Parei. Estava ali a uma eternidade quando ouvi uma voz vinda do nada, era-me familiar, chamava o meu nome “Clara! Clara!”, fosse quem fosse estava a aproximar-se de mim a alta velocidade, escutei-a com atenção mas nada. Era a minha mãe, partira a cerca de 3 anos, estava aterrorizada era impossível entender o que ela dizia falava uma língua desconhecida, talvez fosse a minha nova língua, calou-se por momentos depois disse “não estavas a entender nada do que dizia não é meu doce”, não lhe respondi não sei se porque não consegui ou se simplesmente pelo receio de não poder também falar. Então acordei. Não passara tudo de um sonho.


 &Lil

1 comentário: