09 março, 2011

Tudo o que um dia foi

Tudo o que um dia foi, de agora em diante não passará de meras recordações de um passado recente. Algo que esquecerei, não agora nem mesmo amanhã, mas um dia.
Todo o sol desperta, e o meu não será excepção, amanhã um novo dia, o sol resplandecerá com todo o seu esplendor, e mostrará o brilho que nunca teve coragem para mostrar, no inicio apresenta-se veemente envergonhado, mas no fim mostrar-se-á tão relutante a partir como esteve para vir. Mas agora, tudo estava encoberto, estagnado mais precisamente, num momento sem nome nem porquê. 
 E o mais estranho, é que torna-se impossível faze-lo parar de doer, é estranho tudo isto, pois é algo que não queríamos perder, e por mais impossível que pareça, e por nossa exclusiva culpa, perdemos, poderá ser estúpido, e irremediavelmente fugaz, mas sinto-o e fí-lo realmente. Queima-me por dentro, desconcentra-me a mente, e deixa-a num estado lastimável, mas inevitavelmente recuperável, nada durará para sempre, nem mesmo esta tão efémera dor, nestas circunstâncias, não me importo minimamente o tempo em que ela dura, mas a intensidade com que ela me afecta, é invulgarmente irritante, apetecendo-me retirá-la para fora, com uma brutalidade excessiva, mas seria ineficaz, porque ela iria permanecer intacta. Tudo está tão, tão… Tão inexplicável, não consigo articular as próprias palavras, apesar de elas estarem presentes, não estavam dispostas a sair, todo este vendaval pela qual a minha mente atravessava, não facilitava o trajecto pela qual elas se direccionavam, tantas ideias que se dirigiam para lados tão opostos, e tantos se’s, mostrava-se o quão era complicado organizá-las, mas nada poderia ser diferente, mas a decisão já estava tomada, tornando o futuro que achava como distante, o meu presente.

&Daniela

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