02 maio, 2011

O segredo por detrás da ponte (part. 9)

 PS: queria pedir desculpas pela demora mas andava mesmo sem inspiração, espero que gostem : )


No domingo não ficamos por ali. Decidimos ir passear, fazer algo completamente diferente do que era o nosso habitual. Fomos visitar um jardim da cidade que eu e ele quando éramos crianças costumávamos ir com os nossos pais. Eu partilhara com ele um monte de peripécias que ali já tinha passado mas por espanto meu ele não o fez. Não toquei nesse assunto pois sabia que se ele o quisesse fazer, falo ia de livre e espontânea vontade. Naquela noite não poderia ir ter com o Pedro, então, passamos ali a nossa tarde abraçados, falando um com o outro, rindo, aproveitando ao máximo o tempo que ainda nos restava
. No dia seguinte era, infelizmente, o dia em que Linda ia regressar e eu sabia que não poderia descer, que não poderia abraçar, beijar o meu Pedro. Então, como já fizera outrora dirigi-me ao quarto de hóspedes assim que acordei, as portas da casa de Pedro ainda estavam fechadas assim como as janelas. Tornei ao meu quarto e aprontei-me, dirigi-me a cozinha e lá estavam os meus pais. Já fazia um longo tempo que não tomava o pequeno-almoço com eles, e quando me sentei junto deles percebi que sentia saudades daquilo. Os meus pais, tal como eu, permaneceram num silêncio cortante durante uns longos 5 minutos mas como era de costume a minha mãe quebrou-o.
                - Então querida, como passaste a tua noite?
                - Bem, eu acho. E vocês?
                - Também. E não vais ter com aquele rapaz hoje? Qual é mesmo o seu nome?
                - Chama-se Pedro mãe. Não, hoje não vou, a sua madrasta regressa hoje e (…)
                - Sim, e? Que tem?
                - E talvez a senhora queira descansar, o melhor é ficar por aqui hoje.
                - Tens a certeza que é só isso, Filipa?
                - Sim mãe, claro que tenho. Mas que pergunta. Vou subir.
                - Hum, está bem. Se precisar da tua ajuda, posso chamar-te?
                -Claro que sim. Vais sempre poder. – Esbocei um largo sorriso a minha mãe e ela retribuiu-mo embora que com um pingo de preocupação.
Percebi que naquela semana tinha fortalecido a minha relação com o Pedro mas acabara por me esquecer da família, em especial da minha mãe. Eu adorava-a e agora naquele momento sentia falta das longas conversas que costumava ter com ela, das risadas e de tudo. Era pena que ela se ela pensasse que estava mudada ou algo do género pois eu sentia a falta dela e naquele dia ia lutar para que a nossa relação voltasse a fortalecer-se, sem quartos de hospedes, sem Pedro apenas por um dia. Seria uma tarefa assim tão difícil de cumprir (?). 

& Lil

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