22 abril, 2011

O segredo por detrás da ponte (part. 7)


Nesse mesmo dia sai para ir almoçar com os meus pais na casa dos meus avós. Fora o almoço mais longo que tivera apesar das saudades que já sentia deles. Só queria regressar a casa para puder voltar a estar com o Pedro, agora que finalmente me tinha demonstrado que me amava a única coisa que desejava era puder passar o máximo tempo possível junto dele, antes do regresso da sua madrasta. Não queria pensar que a Linda voltava já dali a dois dias, que apenas tinha uma tarde e um dia com ele, iria sentir uma grande falta daquela semana, em que sem me dar conta tinha conseguido concluir o meu primeiro passo, conhecer o Pedro. A minha mãe andava intrigada com todo aquele assunto. Eu mal parava em casa e ela dizia-se muito preocupada. Apenas me via nas horas da refeição que por respeito aos meus pais ainda ia a casa. Com o passar dos dias comecei a perceber que os meus pais, especialmente a minha mãe, não gostavam de todo daquele meu envolvimento com o Pedro. Eu não conseguia ver um porquê, uma única razão para tudo aquilo mas era a minha mãe e eu por mais que não concordasse com a sua opinião, respeitava-a. Regressamos a casa mais tarde do que esperava e não sabia se o Pedro ainda me esperava ou não, eu esperava que sim. Íamos a meio do caminho quando a minha mãe falou ao meu pai em irmos dar um passeio.
                - Mãe. Tenho o Pedro a minha espera. Não posso avisá-lo que não irei.
                - Estes últimos dias têm sido apenas o Pedro e o Pedro. Não podes nem dispensar-nos um pouco do teu tempo.
                - Não mãe, neste momento não. Podem deixar-me em casa?
                - Não querida. Vais connosco e esta história está encerrada.
                - Sim Filipa, deixamos-te em casa.
                - Mas.
                - Mas nada. A Filipa já tinha compromissos, podes ao menos ficar contente por ele ter dispensado o rapaz para vir almoçar aqui connosco. Pelo amor de deus amor compreende.
                - Obrigada pai.
Naquele momento estava eternamente grata ao meu pai pela sua compreensão. Tudo aquilo era apenas um esquema da minha mãe para que eu não fosse ter com o Pedro e tanto eu como o meu pai sabíamos disso. Conhecíamos a minha mãe como a palma das nossas mãos e nem os seus esquemas me impediram. Assim que cheguei tomei rumo ao encontro do Pedro. Quando me aproximei lá estava ele a minha espera com um grande sorriso nos lábios que anteriormente eu tinha beijado e agora tornaria a beijar.

&Lil

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